20 dezembro, 2006

Poema inútil

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Eu confesso:
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Desejo ser motivo de pungente remorso
Desejo ser a causa de irremediável sentimento de incapacidade
Desejo ser espectro; acarretar inépcia de dias precedidos de noites em claro
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Quero saber que meu nome foi dito com cuidado, numa tentativa inútil de esconder o óbvio
Quero saber que meu nome tem sido maquinalmente escrito em cadernos, agendas, revistas, jornais, bulas de remédios para dor de cabeça...
Quero causar rubor, gagueira, medo, boca-seca, pernas-bambas...
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Quero habitar pensamentos; ser voz da consciência, que, sorrateiramente chega e, abruptamente converte-se em grito:
- Ah, como eu fui burra!
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por Heitor Freitas (convidado)

1 Comments:

At 6:30 PM, Anonymous Anônimo said...

meu deus
mas que super hiper ultra mega poema maravilhoso
realmente genial
fantardigo

parabens convidado heitor

 

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